Última modificação em: 05/08/2025 15:09
O descarte de resíduos em clínicas veterinárias exige um protocolo rigoroso para garantir a segurança dos profissionais, do meio ambiente e da saúde pública. A legislação brasileira, como as resoluções da ANVISA, classifica e estabelece procedimentos específicos para cada tipo de resíduo.
O lixo biológico, ou resíduo do Grupo A, é composto por materiais que contêm ou podem conter agentes infecciosos. Ele inclui tecidos, órgãos, fluidos corporais, luvas, gazes e outros itens contaminados.
Acondicionamento: Deve ser embalado em sacos plásticos de cor branca leitosa e identificados com o símbolo de substância infectante.
Destino: Esse tipo de lixo não pode ser misturado com o lixo comum. Ele é coletado por empresas especializadas, que o transportam e o tratam em locais licenciados. O tratamento geralmente envolve a incineração ou autoclavagem (esterilização por calor e pressão) para neutralizar os agentes biológicos antes do descarte final em aterros sanitários.
Os materiais perfurocortantes, ou resíduos do Grupo E, são itens que podem causar cortes ou perfurações, como agulhas, seringas, lâminas de bisturi e ampolas de vidro. O descarte incorreto desses materiais é um dos maiores riscos para os trabalhadores de limpeza e para o público em geral.
Acondicionamento: Devem ser descartados imediatamente após o uso em recipientes rígidos e resistentes a perfurações, como as caixas de descarte (descarpack).
Destino: As caixas cheias são lacradas e coletadas por empresas especializadas em descarte de lixo hospitalar, que os encaminham para tratamento e disposição final.
A destinação de carcaças de animais mortos em clínicas veterinárias, sejam por morte natural ou eutanásia, também segue regras específicas para evitar a contaminação ambiental.
Acondicionamento: Os corpos devem ser embalados em sacos plásticos resistentes, com capacidade e peso compatíveis. O saco precisa ser devidamente identificado, e o transporte deve ser feito de forma segura e hermética para evitar vazamentos de fluidos.
Destino: A destinação final pode variar, mas as opções mais seguras e regulamentadas incluem a incineração e a cremação. Algumas cidades têm serviços de coleta específicos para esse fim, que encaminham os corpos para aterros sanitários com valas sépticas ou para incineração. É proibido enterrar os animais mortos em locais inapropriados ou misturá-los com o lixo comum.
A implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é obrigatória para clínicas veterinárias e é fundamental para garantir a segregação, o acondicionamento, a coleta e a destinação final correta de todos os resíduos.